sábado, 29 de agosto de 2009

Agora você precisa da minha ajuda, como tantas vezes precisei da sua, mas diferente de você que esteve sempre ao meu lado, eu fugi. Não foi por fraqueza, agora eu estou bem, graças à você, e sei exatamente o que te dizer, como aliviar sua dor, sei dar o abraço que você precisa, mas sou orgulhosa, antes de tudo. Sumi pra te fazer sentir saudade, e não vou voltar porque seria o mesmo que admitir que senti de você também. Coloquei coisas bobas em primeiro lugar e me esqueci que essa posição no podium sempre foi sua, e não tem como perder, já que cada dia se supera. É bonita, inteligente, engraçada, compreensiva, espontânea, etc. Vai ficar bem. Vai encontrar mãos menos ingratas.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Hm, oi. Queria só dizer que vou ficar sem escrever aqui por um tempo. Ou talvez eu não escreva mais. Não vou excluir, porque eu sei que tem gente que gosta dos textos daqui, e se não fossem essas pessoas eu teria parado de escrever já no segundo post. Não tenho motivos, só não vou mais escrever. Obrigada por todos que vieram comigo até aqui. Foram poucos, mas foram fiéis.

Tchau tchau.
Tô péssima. Faz umas duas semanas que choro toda noite. Mesmo quando digo que está tudo bem, ainda tem alguma coisa doendo. Esse tempo todo que eu fiquei tentando convencer a mim mesma e a todos em volta que eu estou feliz, eu menti.
Não sei se é possível o vazio ferir tanto, só sei que a incompletude me incomoda cada dia mais.
Eu estou preenchendo meus dias com tarefas diferentes para tentar fazer com que eles passem rápido, e a noite chegue logo, mas esta só me traz a insônia no lugar do descanso. E se durmo por uma ou duas horas, tenho pesadelos.
Já não sei o que é mais difícil de suportar: O peso da realidade ou a apreensão do que pode ser.
Pode ser que eu tenha inspiração, mas não consiga transformá-la em música, imagem, palavra que toque corações .
Pode ser que eu tenha segurança, porém não tenho contra quem usá-la
E pode ser que eu tenha amor, só que em todo caso ele seria imperceptível, porque o amor, assim como o som, não se propaga no vácuo.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

00:00

Tô diferente essa noite. Tomei um chá e agora tô lendo Ninguém Escreve Ao Coronel. Mas sei lá, tô com uma vontade estranha e quase incontrolável de chorar, chorar até o peito doer, vontade de me enfiar embaixo das cobertas, desligar o celular, cancelar a conta do MSN, sumir. Tô afim de ninguém hoje, só das minhas músicas, dos meus livros, da minha solidão, do meu caos. Tô indiferente essa noite.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Cansei de me prender na minha mente e na minha vergonha e não publicar o que sinto quando transformo em palavra. Nunca fica bem explicado, porque não cabe tanta confusão nessa caixa de texto, no entanto se minha cabeça estivesse em ordem eu não teria sobre o que escrever.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Oi, mundo

E eu fui ver Tela Quente. É. Quando até a internet começa a ficar cansativa, o sono não vem, os livros não interessam muito... Não lembro o nome do filme, mas era sobre colégio bacana, aqueles que têm armários *sonho*, time de basquete, líderes de torcida e a atriz principal sempre é loira e magrinha, o mais engraçado é que todos esses filmes são alguma história sobre ser-você-mesmo. Tá, mentira. É o que eles tentam passar, mas quando o filme acaba você fica insatisfeito com a sua vida, acha que é muito parada, quer emagrecer, quer fazer chapinha, quer ter amigos descolados, quer paquerar o garoto popular da escola, quer probleminhas em família, porque tudo isso parece ser glamuroso.
Há um tempo atrás eu me achava feia pra caramba (ainda acho, mas isso é uma questão de eu comigo e...) porque tenho os lábios meio grossos e ficava estranho quando eu fazia biquinho nas fotos. E não gostava das minhas pernas, porque são branquelas, aí me envergonhava quando ia de shorts pra escola, MAS EU PRECISAVA IR DE SHORTS PRA ESCOLA. Garotas populares usam short curto colado marcando a bunda, e eu tinha que ser uma delas, daí ir ao clube ir ficar horas embaixo do sol pra pegar aquele bronzeado maroto (tentativas frustradas), eu tinha que fazer muita amizade, eu tinha que ir ao shopping com a galere no final de semana e a-ha-zar. Saber as 10 coisas que o Orlando Bloom mais gosta em uma mulher era essencial, as blusinhas que são tendência no verão deviam estar no meu guarda-roupa.
Mas eu não tive nada disso e fiquei infeliz... Até perceber que definitivamente não nasci pra fazer biquinho em foto, então tanto faz o tamanho da boca, não tô aqui pra tirar foto com mãozinha no joelho, não mesmo.
Não sou uma delas.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Hey Mãe

Mãe, minha cama tá suja.
Queria poder dizer que derramei chocolate ou que pulei nela com os pés cheios de barro, mas não. Mãe, meu lençóis estão sujos de pecados, meu travesseiro está pesado porque está lotado de pensamentos e sonhos que, se a senhora visse, nunca mais seguraria minha mão para atravessar a rua ou beijaria minha testa antes de dormir.
Ah, mãe, se a senhora presenciasse o que essas paredes cor-de-rosa têm visto, não sentiria orgulho de mim.
Quem dera aquele papo de que "o seu quarto reflete sua personalidade" fosse verdade. Queria ser doce, mãe. Queria ter essa ternura que veem nos meus lençóis com estampa infantil.

Olha, sei que você me pediu para ir dormir às 10, mas são 4 da manhã e não consigo pegar no sono por causa de uma dor de cabeça terrível, resultado de tudo aquilo que a senhora disse que eu deveria ficar longe.

Desculpa, mãe.