segunda-feira, 22 de junho de 2009

rolling stone

Eles te disseram para andar na linha, mas você preferiu ignorá-los à colocar sua cabeça no lugar.
Os erros fazem você se apaixonar e qualquer oportunidade de enlouquecer é bem aproveitada, as consequências são, sem dúvidas, prazerosas e o silêncio da insanidade te atrai.
Você gosta quando o teu corpo dança involuntariamente, independente da música do ambiente. Você gosta do sabor azedo que fica na boca depois de uma noite quente.
Você aprendeu que não precisa de ninguém para satisfazer seus desejos e a solidão é a melhor companhia para quem quer passar a vida nessa harmonia consigo mesmo.
Você está certa, garota, não ouça o que eles dizem. Só você sabe o que te faz sorrir.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

sem título e final ruim

E quando colocou a chave na fechadura, lembrou da primeira vez que estiveram ali juntos. E quando sentou no sofá, foi como se vivesse de novo aquela tarde em que assistiram um filme clichêzinho juntos, embaixo das cobertas, chuva e chocolate quente. E quando tirou os sapatos, sentiu aquele alívio que queria pro seu coração naquela hora. E quando foi até a varanda, viu as luzes da cidade e queriam que elas a invadisse. E chorou de novo, soluçou, o peito doeu, quis sumir.
Aí o turbilhão de imagens, promessas, sentimentos e frases inacabadas.
Foi até a cozinha e abriu uma garrafa de vinho, secou-a, foi no banheiro, abriu o chuveiro e deixou a água fria se misturar com suas lágrimas quentes e percorrer seu corpo ainda vestido. Parecia estar se lavando do mesmo modo que gritava sempre: por dentro.
Abraçou a insanidade.
Jogou-a fora e se recompoz.
No meio disso tudo as únicas coisas que passavam pela sua cabeça: Nunca mais abrir a porta - de sua casa e de sua vida - pra ele. Nunca mais tentar ter um final feliz de filme clichê. Nunca mais calçar seu coração com sapatos apertados.


"E percebeu que mais uma vez foi má com ela mesma. E que o que mais criticava, no caso a falta de honestidade, faltava agora também consigo mesma..."