domingo, 22 de novembro de 2009

Leaf

Nas minhas noites pseudo-boêmias você me protegeu como uma inocente quando o que eu mais queria era me embreagar com a mais forte das bebidas para me esquecer do quanto é triste estar consciente. Me convenci nesses últimos meses que a vida é mais leve se você não se lembra da noite passada. Quem pagou a bebida, quem tentou dormir com você ou quem não te deixou dormir não faz mais diferença. Você vive aquele momento, dá risada com os próprios tombos e provoca o dos outros sem receio. Quando caí e senti o concreto, não tive medo da dor. Foi real ao mesmo tempo que eu parecia estar sonhando. Eu não precisei de você nem ninguém ao meu lado aquela hora, eu estava aprendendo sozinha a não sentir o impacto da queda. Só te peço agora que não tente mais me salvar de um mundo em que eu só quero cair de boca.