quinta-feira, 27 de novembro de 2008

E seguir...

eu preciso de férias, preciso descansar, preciso pensar. preciso parar de me preocupar com certas coisas e começar a me preocupar com o que realmente importa. preciso levar a vida um pouco mais a sério, preciso me levar a sério. preciso me desprender de memórias, de parar de pensar no que poderia ter acontecido, no que eu poderia ter sido. preciso parar de pensar no passado, e começar a lembrar do presente e do futuro.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

­Pitty – Equalize Ouvindo agora ­

Pitty – Equalize 8 minutos atrás

Pitty – Equalize 12 minutos atrás

Pitty – Equalize 16 minutos atrás ­

Pitty – Equalize 20 minutos atrás ­

Pitty – Equalize 24 minutos atrás ­

Pitty – Equalize 28 minutos atrás ­

Pitty – Equalize 31 minutos atrás ­

Pitty – Equalize 38 minutos atrás

e eu acho que gosto mesmo de você, bem do jeito que você é ♪

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Temos.

mas eu não quero que as coisas continuem do jeito que eram antes... nós temos motivos pra mudar, não temos?

X

eu queria mesmo não me sentir assim, a dor está caminhando em minha direção e eu pareço ser tão convidativa a ela. isso é tudo o que eu ganho por ter sido tão ingênua. eu não quero passar outra noite tentando entender porque você sempre está na minha cabeça... só sei que você me faz querer mais, mesmo quando eu acho que já foi o suficiente.

O Amor que Choveu

Era uma vez um menino que amava demais. Amava tanto, mas tanto, que o amor nem cabia dentro dele. Saía pelos olhos, brilhando, pela boca, cantando, pelas pernas, tremendo, pelas mãos, suando. (Só pelo umbigo é que não saía: o nó ali é tão bem dado que nunca houve um só que tenha soltado).O menino sabia que o único jeito de resolver a questão era dando o amor à menina que amava. Mas como saber o que ela achava dele? Na classe, tinha mais quinze meninos. Na escola, trezentos. No mundo, vai saber, uns dois bilhões? Como é que ia acontecer de a menina se apaixonar justo por ele, que tinha se apaixonado por ela?O menino tentou trancar o amor numa mala, mas não tinha como: nem sentando em cima o zíper fechava. Resolveu então congelar, mas era tão quente, o amor, que fundiu o freezer, queimou a tomada, derrubou a energia do prédio, do quarteirão e logo o menino saiu andando pela cidade escura -- só ele brilhando nas ruas, deixando pegadas de Star Fix por onde pisava.O que é que eu faço? -- perguntou ao prefeito, ao amigo, ao doutor e a um pessoalzinho que passava a vida sentado em frente ao posto de gasolina. Fala pra ela! - diziam todos, sem pensar duas vezes, mas ele não tinha coragem. E se ela não o amasse? E se não aceitasse todo o amor que ele tinha pra dar? Ele ia murchar que nem uva passa, explodir como bexiga e chorar até 31 de dezembro de 2978.Tomou então a decisão: iria atirar seu amor ao mar. Um polvo que se agarrasse a ele - se tem oito braços para os abraços, por que não quatro corações, para as suas paixões? Ele é que não dava conta, era só um menino, com apenas duas mãos e o maior sentimento do mundo.Foi até a beira da praia e, sem pensar duas vezes, jogou. O que o menino não sabia era que seu amor era maior do que o mar. E o amor do menino fez o oceano evaporar. Ele chorou, chorou e chorou, pela morte do mar e de seu grande amor.Até que sentiu uma gota na ponta do nariz. Depois outra, na orelha e mais outra, no dedão do pé. Era o mar, misturado ao amor do menino, que chovia do Saara à Belém, de Meca à Jerusalém.Choveu tanto que acabou molhando a menina que o menino amava. E assim que a água tocou sua língua, ela saiu correndo para a praia, pois já fazia meses que sentia o mesmo gosto, o gosto de um amor tão grande, mas tão grande, que já nem cabia dentro dela.

­ Antonio Prata

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

untitled

tenho claustrofobia e estou trancada no banheiro há três horas.
tenho que ir mas prefiro ficar.
cometi pecados e não senti remorso.
gosto de preto mas usarei cinza.
gosto de baixo mas tô na bateria.
tenho insônia mas vou dormir.
gosto de livros mas não leio nada no momento.
escrevo longas cartas e envio para ninguém.
sou punk e escuto som de elite.
leio horóscopo e não gosto do que leio. meu signo é peixes.
não sou astro do rock mas não vendi minha guitarra.
toco piano sem saber as notas.
passo de ano mas não estudo.
falo inglês mas prefiro francês.
guardo caixas e jogo fora os presentes.
como chocolate mas tenho medo de engordar.
estou com calafrios e não coloquei o casaco.
gosto de dançar mas raramente estou numa disco dancing.
não me drogo e me sinto psicodélica o dia todo.
vejo cores e estou de frente para uma parede branca.
prefiro estar sozinha mas a casa tá cheia.
ando a cavalo mas trupico em pedras.
não gosto de escuro mas durmo com as luzes apagadas.
minha vida é um poema mas a história dela não existe.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Questionário.

Complete com nomes de músicas.

- És homem ou mulher? That girl. (plain white t's)
- Descreve-te: I think i'm paranoid (garbage)
- O que sentem ou pensam as pessoas sobre você? Simples como qualquer palavra (teatro mágico)
- Como descreverias o seu relacionamento anterior? Não quero lembrar (fresno)
- Como descreves o seu atual relacionamento? There is no greater love (amy winehouse)
- Onde gostarias de estar agora ? A sete palmos do chão (fresno)
- O que pensas a respeito do amor? Love's a losing game (amy winehouse)
- Como é a sua vida ? Sad story (plain white t's)
- O que pediria se pudesse realizar um desejo? Pensa em mim (darvin)
- Uma frase: You can't be missed if you never go away (cobra starship)

Amor é como leite.

Quando eu era criança tinha uma mulher velha que jogava um palito de fósforo aceso no café e via o futuro na mancha que fazia quando o palito apagava. Sempre me levavam lá pra tirar quebrante. Ficava nessa mesma rua aqui da quitanda. Acho. Tipo mais lá pra baixo. Uma vez eu tomei um fora na escola e chorei em casa. Minha mãe achou que era quebrante. A velha jogou o fósforo. Falou que era amor. No dia seguinte foi a mesma merda. Botei a culpa na velha. Depois com o tempo descobri que o problema era o café. Porque café não tem nada a ver com amor. Café desce rasgando e te deixa ligado. Amor não. Amor é tipo leite. Tem prazo de validade curto e azeda muito rápido. E longa vida tem conservante. Uma mentira embalada. Só parece seguro porque está em uma caixinha. Depois que abre é igual a qualquer outro. Não sei como chorei por aquela ridícula da escola. Ela era horrível. Amor é tipo isso, derivado de leite com embalagem bonita na geladeira do mercado. Você quer muito, as vezes fica doente de vontade, mas depois que bebe vê que nem foi tudo aquilo. E sem as embalagens, no fundo, danone, queijo, manteiga... é tudo a mesma merda. Fica lá em você boiando até sumir. Teu corpo absorve o bom. E o ruim vai embora.

domingo, 9 de novembro de 2008

o telefone que nunca toca

-Ninguém nunca liga pra ele.
-Ligar para ele?
-É, eu vi que ele precisaria, então lhe dei um celular. Mas eu não acho que ele já tenha usado alguma vez, muito menos recebido alguma ligação. Eu não tenho certeza, mas... eu acho que ele não tem amigos.
-Eu acho que Shinji não é do tipo que faz amigos facilmente. Você conhece o dilema do ouriço?
-Ouriço? Você quer dizer aqueles animais com espinhos no corpo?
-Mesmo que um ouriço queira chegar perto de outro de sua espécie, quanto mais eles chegam perto um do outro, mais eles se machucam com seus espinhos. É a mesma coisa com alguns humanos.

Caixa das Pequenas Coisas

Não é que o mundo seja só ruim e triste. É que as pequenas notícias não saem nos grandes jornais. Quando uma pena flutua no ar por oito segundos ou a menina abraça o seu grande amigo, nenhum jornalista escreve a respeito. Só os poetas o fazem.

sábado, 8 de novembro de 2008

you don't know what love means.

- Me diga que você me ama.
- Você sabe que eu te amo.
- Não. Como se morresse por mim, como se nada mais importasse, como se o mundo parasse por minha causa, como se realmente quisesse dizer isso.